Mudança diacrônica e sincrônica dos vocábulos interação e interatividade no texto dicionarístico.

Autores/as

  • Ana Maria de Amorim Viana IFSertãoPE
  • Romana de Fátima Macedo Gomes
  • Paulo Garcez Leães IFSERTAO PERNAMBUCANO
  • Maria do Socorro Maia Fernandes Barbosa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

DOI:

https://doi.org/10.31416/rsdv.v12i2.911

Palabras clave:

Lexicografia, Dicionário, Verbete, Acepção

Resumen

Resumo: Sendo um fenômeno sujeito às tranformações sociais e às relações humanas instituídas na/pela sociedade, a língua vivencia uma ação contínua de modificação, que não encontra total correspondência, nem tempestividade no ato do registro em dicionários. Nesse escopo, o presente artigo busca verificar a mudança diacrônica e sincrônica dos vocábulos interação e interatividade no texto dicionarístico. O fundamento para esta pesquisa se localiza nos estudos da semântica histórica e lexical que abordam a perspectiva diacrônica/ sincrônica no âmbito da lexicografia. Metodologicamente, o processo de dicionarização dos termos mencionados foi o ponto de partida da investigação, para então identificar se ambas as unidades da língua têm a mesma acepção. Foram utilizados seis dicionários, cobrindo um período de 1975 a 1999, em contraste com dois outros de 2011. Os resultados apontam que tais vocábulos, embora parecidos na grafia, têm origem do emprego e data de catalogação distintas. Como conclusão, é possível afirmar que os dois são relativamente recentes e que a introdução da palavra interação ocorreu anteriormente à do termo interatividade no dicionário. Além disso, pode-se assegurar que há consenso para a etimologia do verbete interação, mas não há para a palavra interatividade. A realização deste trabalho se justifica em seu propósito de contribuir para os estudos linguísticos inerentes à área da semântica histórico-lexical, tornando-se fonte para reflexões posteriores acerca dos processos de mudança e variação do idioma. 

Biografía del autor/a

Ana Maria de Amorim Viana, IFSertãoPE

Doutora em Letras, professora de Língua Portuguesa do IFSertão Pernambucano – Campus Petrolina. 

 

Romana de Fátima Macedo Gomes

Doutora em Letras, professora de Língua Portuguesa do IFSertão Pernambucano – Campus Petrolina. 

 

Paulo Garcez Leães , IFSERTAO PERNAMBUCANO

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (2005). Graduação em Letras pelo Centro Universitário Internacional (Uninter) em andamento. Especialização em Psicopedagogia Institucional pela Universidade Castelo Branco (2007) e Psicopedagogia Clínica pela Portal Faculdades (2008) - Mestrado Profissional em Educação pela Universidade de Pernambuco (2017). Doutorado em Letras (2023), Atua como Pedagogo no Instituto Federal Sertão Pernambucano - Campus Salgueiro.Tem experiência nas áreas de Educação e Linguagem, com ênfase em Educação de Jovens e Adultos , PROEJA e Educação à distância.

Maria do Socorro Maia Fernandes Barbosa, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

Professora Aposentada do Departamento de Letras Estrangeiras, no Campus Avançado de Pau dos Ferros da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

Citas

ALVES, L. M.; Neologismo: criação lexical. São Paulo: Ática,2004.

AULETE, C.; Novíssimo Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa. Org. Paulo Geiger. Rio de Janeiro: Lexikon, 2011.

BRASIL. Ministério da Educação e cultura (MEC). Dicionário escolar da língua Portuguesa.Org. Francisco da Silveira Bueno. 5ª ed. São Paulo: Fundação Nacional de Material Escolar (FENAME),1965.

FERREIRA, A.B.H.; Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1975.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua portuguesa. 2 ed. Totalmente rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

FERREIRA, A.B.H.; Dicionário Eletrônico Aurélio Século XXI. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira e Lexikon Informática, 1999. Versão 3.0. 1 CD-ROM.

GARCIA, A.; Semântica Histórica. Soletras, Ano I, n. 02. São Gonçalo: UERJ, jul/dez. 2001.

GIL, A. C.; Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

HOUAISS, A.; Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de. Janeiro, Ed. Objetiva, 2011.

PÊCHEUX, M.; Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Unicamp, 2014.

PONTES, A. L.; Marcas de uso em dicionários escolares brasileiros. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/padrao_cms/documentos/eventos/gtlex/viiiengtlex/resumos_expandidos/Ant%C3%B4nio%20Luciano%20Pontes.pdf Acesso em: 26/11/2019.

SILVA, M.; Sala de aula interativa. Rio de Janeiro,RJ: Quartet, 2000.

WELKER, Herbert Andreas. Dicionários – uma pequena introdução à lexicografia / 2. ed. revista e ampliada – Brasília: Thesaurus, 2004.

Publicado

2024-06-07

Cómo citar

VIANA, A. M. de A. .; GOMES, R. de F. M.; LEÃES , P. G.; BARBOSA, M. do S. M. F. Mudança diacrônica e sincrônica dos vocábulos interação e interatividade no texto dicionarístico. Revista Semiárido De Visu, [S. l.], v. 12, n. 2, p. 929–940, 2024. DOI: 10.31416/rsdv.v12i2.911. Disponível em: https://revistas.ifsertaope.edu.br/index.php/rsdv/article/view/911. Acesso em: 24 nov. 2024.

Número

Sección

Lingüística, Letras e Artes - Artigos