Participação e Protagonismo Estudantil como Política e Normatização da Educação

Autores

  • Anna Thereza Bezerra de Moraes
  • José Almir do Nascimento UPE

DOI:

https://doi.org/10.31416/cacto.v3i2.733

Palavras-chave:

Protagonismo, Participação estudantil, Cidadania ativa, Política educacional

Resumo

O presente artigo tem como objetivo identificar como está normatizada a participação e o protagonismo na escola, tomando como base a legislação nacional, a do estado de Pernambuco e a do município de Petrolina como campos de investigação documental. Nesse sentindo, enquadra-se no alcance da pesquisa qualitativa. Observamos, portanto, que a Constituição Federal do Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei de proteção integral dos direitos dos alunos de Pernambuco lastreiam um ideário de protagonismo e participação a partir de uma lógica democrática, enquanto que a legislação fundante da escola em tempo integral vincula-se a um discurso de mercado. Concluímos, portanto, que as normas e políticas educacionais, embora de modo pendular, assegura o direito à participação e ao protagonismo estudantil na comunidade escolar.

Biografia do Autor

Anna Thereza Bezerra de Moraes

Graduanda em Pedagogia pela Universidade de Pernambuco – UPE Campus Petrolina – PE.  Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sociologia (SODÉ).

José Almir do Nascimento , UPE

Professor Adjunto da UPE campus Petrolina e do Programa de Pós-Graduação em Educação da UPE. Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sociologia.

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Publicado

2023-10-21

Edição

Seção

Dossiê Pedagogia em Revista