Concepções docentes da afetividade na formação inicial de professores à luz da Análise Estatística Implicativa
DOI :
https://doi.org/10.31416/rsdv.v13i2.1132Mots-clés :
Afetividade, formação de professores, autoimagem, crençaRésumé
Este artigo teve por objetivo discutir as concepções de afetividade de professores de psicologia que atuam em cursos de formação de professores no Brasil e na França, com vias ao entendimento de como tais concepções podem influenciar as práticas e a tomada de consciência de professores em formação. As influências da cultura e da afetividade na identidade do professor tornou-se tema relevante nas pesquisas do fim do século XIX e do século XX, mas ainda carecem de aprofundamento. Assim, nós voltamos ao entendimento de como as variáveis do campo afetivo podem influenciar o engajamento e comprometimento do profissional que está em formação. Nesse quesito, nos valemos das contribuições teóricas de Freire (1996), Wallon (1968), Vygotsky (1998), Leite (2018) sobre as influências da cultura e da afetividade na formação docente. Do ponto de vista metodológico, a construção, tratamento e análise dos dados foram realizados com a aplicação de um questionário via plataforma LimeSurvey@ à 18 docentes formadores do INSPé, academias de Lyon, Marseille e Paris, França e da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, SP, Brasil. Os dados foram tratados com o suporte do programa CHIC 7, dentro do quadro teórico-metodológico da Análise Estatística Implicativa – A.S.I. Os dados evidenciaram que os componentes afetivos estão presentes e agem decisivamente na construção da imagem de autoeficácia que estes profissionais desenvolvem no decorrer de suas formações, podendo influenciar em muitos momentos, certa persistência de uma percepção negativa da afetividade, presente ainda hoje, nos cursos de formação de professores.
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