Metodologias ativas e tecnologias digitais como potencializadoras do processo de ensino-aprendizagem no Ensino Médio Integrado

Autores

  • Ricardo de Macedo Machado IFSertãoPE
  • Adriana de Carvalho Figueiredo IFSertãoPE

DOI:

https://doi.org/10.31416/rsdv.v8i3.38

Palavras-chave:

Educação Profissional e Tecnológica, Aprendizagem ativa, Autonomia, Protagonismo estudantil

Resumo

O artigo trata do processo de ensino-aprendizagem na Educação Profissional e Tecnológica (EPT), com ênfase no Ensino Médio Integrado (EMI). Discute-se a respeito da implementação de metodologias ativas e uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) no processo educativo, compreendidas, respectivamente, como estratégias inovadoras e recursos/ferramentas indispensáveis à educação contemporânea. Assim, este trabalho tem como objetivo analisar e discutir os benefícios e desafios de efetivação das metodologias ativas e das tecnologias digitais para o processo de ensino-aprendizagem no EMI. O estudo é de natureza qualitativa, constituindo-se a partir de pesquisa bibliográfica. Nesse contexto, esse estudo verificou que, repensar e reelaborar os processos e estratégias de ensino-aprendizagem constitui ação fundamental das instituições de ensino e profissionais da educação, especialmente os(as) professores(as), para o alcance de uma educação crítica, contextualizada e libertadora. Assim como, no âmbito da EPT, especificamente no EMI, é importante que o(a) professor(a) possa proporcionar espaços de aprendizagem que favoreçam a atividade (participação ativa) do aluno, assim como uma educação integradora a partir da união entre teoria e prática como também entre formação geral e formação técnica, sempre com foco na preparação para a cidadania e para o mundo do trabalho, tendo como eixos estruturantes da sua prática a cultura, o trabalho, a ciência e a tecnologia. Conclui-se que a implementação de metodologias ativas no EMI, assim como a utilização pedagógica das TDICs como ferramentas mediadoras dos processos de ensino e aprendizagem, constituem importantes estratégias para o fortalecimento da aprendizagem, da autonomia e do protagonismo estudantil.

Referências

ALTHAUS, Maiza Taques Margraf; BAGIO, Viviane Aparecida. As metodologias ativas e as aproximações entre o ensino e a aprendizagem na prática pedagógica universitária. Revista Docência Do Ensino Superior, v. 7, n. 2, p. 79-96, 2017.

ANDRADE, Luiz Gustavo da Silva Bispo; FERRETE, Rodrigo Bozi. Metodologias ativas e a educação profissional e tecnológica. Educação Profissional e Tecnológica em Revista, v. 3, n. 2, p. 86-98, 2019.

BARBOSA, Eduardo Fernandes; MOURA, Dácio Guimarães de. Metodologias ativas de aprendizagem na educação profissional e tecnológica. Boletim Técnico do Senac, v. 39, n. 2, p. 48-67, 2013.

BERGMANN, Jonathan.; SAMS, Aaron. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem. Tradução: Afonso Celso da Cunha Serra. -1ª.ed. -[Reimpr.]. -Rio de Janeiro: LTC, 2019.

BRASIL. Lei nº 13.415/2017. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Documento homologado pela Portaria n° 1.570, publicada no D.O.U. de 21/12/2017, Seção 1, Pág. 146. Ministério da Educação –MEC, Brasília, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 20 mar. 2020.

________. Lei nº 9394/1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Brasília, 20 de dezembro de 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 20 ago. 2020.

________. Resolução CNE/CEB 6/2012. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Diário Oficial da União, Brasília, 21 de setembro de 2012, Seção 1, p. 22. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11663-rceb006-12-pdf&category_slug=setembro-2012-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 20 abr. 2020.

CAMARGO, Fausto. Por que usar metodologias ativas de aprendizagem? In: CAMARGO, F.; DAROS, T. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo. Porto Alegre: Penso, 2018. p. 13-17.

CAPALONGA, Flávia; WILDNER, Maria Claudete Schorr. Usando as metodologias ativas na educação profissional: identificação, compreensão e análise nas percepções dos estudantes. Revista Destaques Acadêmicos, v. 10, n. 4, 2018.

CIAVATTA, Maria. O ensino integrado, a politecnia e a educação omnilateral. Por que lutamos?/The integrated education, the polytechnic and the omnilateral education. Why do we fight?. Trabalho & Educação-ISSN 1516-9537/e-ISSN 2238-037X, v. 23, n. 1, p. 187-205, 2014.

COSTA, Maria Adélia; COUTINHO, Eduardo Henrique Lacerda. Metodologias ativas e currículo integrado: a travessia para as práticas pedagógicas motivadoras na educação profissional técnica de nível médio. Boletim Técnico do Senac, v. 45, n. 3, 2019.

DAROS, Thuinie. Metodologias ativas: aspectos históricos e desafios atuais. In: CAMARGO, F.; DAROS, T. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo. Porto Alegre: Penso, 2018. p. 8-12.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Paz e Terra, 2011.

GARCÍA, Camino López; ORTEGA, Carlos Alberto Catalina; ZEDNIK, Herik. Realidade Virtual e Aumentada: Estratégias de Metodologias Ativas nas Aulas sobre Meio Ambiente. Informática na educação: teoria & prática, v. 20, n. 1 jan/abr, 2017.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. -4. ed. -São Paulo: Atlas, 2002.

MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. In: BACICH, L. (Org.); MORAN, J (Org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018. p. 1-25.

MORAN, José Manuel. Propostas de mudança nos cursos presenciais com a educação on-line. Revista da ABENO, v. 5, n. 1, p. 40-45, 2004.

MORÁN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. Coleção mídias contemporâneas. Convergências midiáticas, educação e cidadania: aproximações jovens, v. 2, n. 1, p. 15-33, 2015.

MOURA, Dante Henrique. Ensino médio integrado: subsunção aos interesses do capital ou travessia para a formação humana integral?. Educação e Pesquisa, v. 39, n. 3, p. 705-720, 2013.

PRENSKY, Marc. Nativos digitais, imigrantes digitais. Tradução de Roberta de Moraes Jesus de Souza. On the horizon, v. 9, n. 5, p. 1-6, 2001.

RODRIGUES, Glaucemária da Silva. Análise do uso da metodologia ativa Problem Based Learning (PBL) na educação profissional. Outras Palavras, v. 12, n. 2, 2016.

TOLEDO, Jenifer Vieira; MOREIRA, Ucineide Rodrigues Rocha; NUNES, Andrea Karla. O uso de metodologias ativas com TIC: uma estratégia colaborativa para o processo de ensino e aprendizagem. Simpósio Internacional de Educação e Comunicação-SIMEDUC, n.8, 2017.

TURINA, Agnaldo Nogueira et al. Utilização de metodologia ativa no ensino de desenho técnico do curso técnico em agropecuária integrado ao ensino médio do IFMS: avaliação de estudantes. Encontro Internacional de Gestão, Desenvolvimento e Inovação(EIGEDIN), v. 3, n. 1, 2019.

VALENTE, José Armando. A sala de aula invertida e a possibilidade do ensino personalizado: uma experiência com a graduação em midialogia. In: BACICH, L. (Org.); MORAN, J. (Org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018. p. 26-44.

Downloads

Publicado

2020-12-30

Como Citar

MACHADO, R. de M. .; FIGUEIREDO, A. de C. . Metodologias ativas e tecnologias digitais como potencializadoras do processo de ensino-aprendizagem no Ensino Médio Integrado. Revista Semiárido De Visu, [S. l.], v. 8, n. 3, p. 537–549, 2020. DOI: 10.31416/rsdv.v8i3.38. Disponível em: https://revistas.ifsertaope.edu.br/index.php/rsdv/article/view/38. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas - Artigos